sexta-feira, 8 de junho de 2012

ALTAR DE MEU HOLOCAUSTO 5/6/12



Não tenho necessidade de escrever
Sobre o altar do holocausto,
Porém, a todo momento
Um cordeiro solitário
É abatido por uma metrópole
Metalicamente cultivada.
As estrelas, também,
Todas reunidas num só amor,
Estão em cada pedaço de céu,  a qualquer hora,
Pois não há diferença entre dia e noite
Se quisermos possuir estrelas.
Muitas pessoas afirmam compreender o mundo.
(Simulam sorrisos e beijos,
Angústias e desejos).
Seus valores isolados
Pisam os cordeiros e as estrelas,
Sacrificam suas verdades
Por medo de sua própria iniquidade.

Eu não saberia o que escrever
Se não amasse o cordeiro pastando a relva fresca do campo,
E nada teria a dizer à noite
Se quando olhasse uma estrela
Não visse sua beleza branca
Como o reflexo de uma alma.
Eu não saberia deixar de amar
O que me ama tão de perto,
Nem poderia ignorar
Tudo o que nasce e morre.


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